quinta-feira, setembro 28, 2006

Gabarito Grau A - Canoas Manhã

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terça-feira, setembro 19, 2006

Astronomia - parte 5 (10 minutos)

domingo, setembro 17, 2006

Astronomia - parte 4 (9 minutos)

sexta-feira, setembro 15, 2006

Astronomia - parte 3 (9 minutos)

sexta-feira, setembro 08, 2006

Galileu - parte 2 (11 minutos)

sexta-feira, setembro 01, 2006

Vídeo sobre Galileu - parte 1 (10 minutos)

Fóruns no EaD

No sistema de ensino a distância do UniRitter, para os alunos cadastrados, há dois fóruns de discussão sobre Bertold Brecht e 'A vida de Galileu'.

O primeiro fórum discute o poema O Analfabeto Político, de Brecht.

O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.


O segundo fórum pergunta 'Por que Brecht escolheu justamente Galileu?', se poderia ter escolhido qualquer outro personagem histórico.

Aqueles que quiserem opinar abertamente sobre essas questões, sem a necessidade de senha, podem utilizar o sistema de comentários do blog.

Galileu e a transformação do mundo



Galileu e Aristóteles

"Assim, ainda que as primeiras observações de Galileu, em 1609, não confirmassem diretamente o sistema heliocêntrico, abria uma outra frente para a refutação do geocentrismo na medida em que suas observações refutavam aspectos centrais das idéias de Aristóteles, filósofo grego do século IV a. C., base filosófica do geocentrismo. Nesse sentido, a importância desse trabalho de Galileu foi tanta que, mesmo se não tivesse trazido nenhuma posterior significativa contribuição para o pensamento científico, ainda assim teria escrito seu nome na história da Ciência. Com efeito, além do aspecto propriamente científico, o grande significado desse episódio é o fato dele ser uma espécie de "gota d'água" que irá romper de modo indelével com a visão clássica de mundo, naquele momento, início do século XVII, representada pela síntese "aristotélico-tomista", isto é, uma nova interpretação da concepção de mundo de Aristóteles feita na perspectiva cristã por São Tomás de Aquino (1225-1274).
Para Aristóteles, a terra era o centro do universo. E embora a obra aristotélica, com exceção de sua lógica, só tivesse entrado no ocidente cristão por volta do século XII d. C., significativos aspectos de sua concepção do universo foram amplamente divulgados através do Almagesto, livro do astrônomo alexandrino Cláudio Ptolomeu (90-168 d. C.)5, que, partindo de Aristóteles, elabora um modelo cosmológico onde a terra fica em uma posição fixa e central no sistema. Entretanto, a síntese aristotélico-tomista, extrapola esse aspecto meramente "científico" da obra de Aristóteles quando São Tomás de Aquino estabelece uma série de semelhanças entre o pensamento do filósofo grego e o cristianismo.
Segundo Aristóteles, o mundo no qual vivemos dividia-se entre o mundo sublunar e o mundo supralunar. Com efeito, para aristóteles, a lua é um ponto de referência, um espécie de divisor do mundo. Abaixo da lua, está o mundo dos movimentos violentos, das trajetórias imperfeitas, das coisas corruptíveis compostas pelos quatro elementos: terra, ar, fogo e água, que Aristóteles vai buscar na teoria de Empédocles (490-435 a. C.)6. Contrariamente, o mundo supralunar, isto é, a lua e os demais astros, constitui o mundo da perfeição: dos movimentos circulares, das substâncias perfeitas das quais os astros são feitos, isto é, do éter ou "quinta-essência". Para São Tomas, no seu projeto de cristianização da obra aristotélica, não foi difícil associar essa perfeição do mundo supralunar ao céu do imaginário cristão ou ainda encontrar outras semelhanças como as havidas entre o primeiro motor imóvel de Aristóteles, que a tudo move e não é movido, com o seu bom Deus cristão." Leia mais direto na fonte: Prof. Mauro Lúcio Leitão Condé - UFMG




Galileu e cia

"Com suas descobertas astronômicas, Galileu derrubou uma concepção que dominava a cosmologia desde os tempos de Aristóteles, no século 4 a.C. O antigo filósofo grego dividira o cosmo em duas regiões diferentes. A Terra e suas imediações seriam formadas por uma mistura variável de quatro "elementos": terra, água, ar e fogo. Daí estarem sujeitas a mudanças constantes. A partir da órbita da Lua, porém, um outro tipo de matéria, a nobre "quintessência", tornava os corpos celestes perfeitos, eternos e imutáveis. Antes de Galileu, essa falsa idéia foi contestada por filósofos como Nicolau de Cusa (1401-1464) e Giordano Bruno (1548-1600) e astrônomos como Ticho Brahe (1546-1601) e Johannes Kepler (1571-1630). Faltava-lhes, porém, uma prova irrefutável, que pudesse contrapor à enorme autoridade de Aristóteles. Ao descobrir o relevo da Lua e constatar, pouco depois, que as manchas solares se deviam a "exalações" do próprio Sol, Galileu encontrou essa prova. Assim como a Terra, também os astros passavam por transformações. Deviam, portanto, ser compostos do mesmo tipo de matéria. Essa nova perspectiva permitiria que, meio século mais tarde, Isaac Newton (1642-1727) unificasse a física terrestre à física celeste e, sobre essa base, edificasse sua teoria da gravitação universal." Leia mais direto na fonte: José Tadeu Arantes - Ed. Globo